São Carlos, 13 de Junho de 2011.
Oi, futuro! Como andas?
Tão repentino, mal percebo quando você chega, e quando vejo, você (já) está lá na frente de novo.
Pergunto-me agora porque escrever-lhe essa carta... quero apenas trocar algumas ideias, para andarmos mais conscientes.
Sabe, futuro, às vezes você me assusta. Chega tão repentino, e muda tudo, que me surpreende. Não sei o que você tem guardado para mim, e nem tenho discernimento da dimensão do poder que tenho para mudá-lo. Por ora, faço o que posso, e te invento. Rezo, peço, me fortaleço em boas energias, em Deus, a luz suprema, e acredito que você vai ser bom para mim. Eu quero assim, quero agir assim, te construir feliz, bom, gostoso.
E sabe, futuro, acho intrigante quando você vira presente, como dito, repentinamente. Em alguns momentos, entretanto, você fica mais distante, e os dias parecem um presente interminável. Adoro o que você tem de novo. Surpresas boas, e, às vezes, algumas um tanto chatas... Aí é que vemos o tamanho da nossa força. Temos, por vezes, que vencer o presente, só pra te encontrar. Você é o pra frente, é onde me vejo melhor. Sim, sei que nem tudo são flores, que sofremos de vez em quando, e que isso não é de todo mal. Mas gosto de te ver bom, te imaginar bom, te querer bom.
No fundo, essa é nossa busca: um futuro bom. É claro que há idealizações, e a utopia não existe. Entretanto, futuro, peço luz. Um caminho, que me leve a um você onde sou melhor, onde me conheço cada vez mais, onde me sinto a cada dia mais plena. Peço a luz, clamo por ela ao meu Senhor, para que eu encontre meu caminho, onde posso ser mais.
Tenho muitos planos para você, futuro, e busco no meu presente construí-lo. O que você acha disso?
de sua amiga,
Isabela
[caderno]
